Trabalho na rua
Não tenho patrão
Poucas moedas no bolso
Não virei ladrão
Mas corro como sempre
Da avenida à estação
Levo minhas coisas nas costas
E o que não der levo na mão
Me tratam como um bandido
Mas levam meu ganha pão
Minha voz ninguém ouve
Exceto os de bom coração
Trabalho na rua
Pessoas admiram o que faço
Com um ou outro
Até crio um laço
Apenas mais um na metrópole
Tal como uma estrela no espaço
Poucos compreendem meu brilho
Mas sigo sem amarrar o cadarço
Em busca de mais uns trocados
Ou um aperto de mão, um abraço
Trabalho na rua
Uma imensa cidade
De muitos números
E pouca solidariedade
A garôa vira chuva
Uma enchente de realidade
Onde uva vira vinho
Se não escapar
Do que pisa na verdade...
muito foda parabéns pelo poema fica muuito bom mesmo !!
ResponderExcluirMuito obrigado!
ExcluirMuito bom, pode ser um dos melhores que você fez, além do que é legal alguém perceber esta realidade e transformar em poema.
ResponderExcluirValeu
Valeu, seu Vanderlei!
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