Sem ter para onde ir
O Bósforo atravessei
Vendo gente a ir e vir
Noutra calçada sentei
Enquanto faz oito graus
Pedi para meu sustento
Alguém descia os degraus
Mas não para meu tormento
Vendo ele me dar um pão
Ouvi um som noutro lado
Bem na hora da oração
Por uma voz fui tocado
O muezim os chamou
E a cidade foi rezar
O azan ele clamou
E deitei para chorar
19 março, 2020
08 março, 2020
Petricor
Dos céus vem aquele som
Que precede a chuva no alvor
Molha a terra como um dom
E umedece a alma
Dos que sentem dor
Corpos que levam saraivadas
Das marcas da vida e da morte
Tais como as calhas estouradas
Das simples casas
Velhas e sem sorte
Intempéries que ensolaram
As mentes angustiadas
E em petricor transformam
Lágrimas dos que tombaram
Em promessas forjadas
Que precede a chuva no alvor
Molha a terra como um dom
E umedece a alma
Dos que sentem dor
Corpos que levam saraivadas
Das marcas da vida e da morte
Tais como as calhas estouradas
Das simples casas
Velhas e sem sorte
Intempéries que ensolaram
As mentes angustiadas
E em petricor transformam
Lágrimas dos que tombaram
Em promessas forjadas
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