Ouço o barulho do trem
Enquanto o café esfria
Vejo pegadas de outrem
Mas passo sozinho o dia
Penso na chuva e ela vem
Pra me livrar da agonia
Dias cinzas choram também
O incolor que me agracia
O rústico do que sou
Aflorando pelos cantos
Dos cômodos onde vou
Grita em silêncio e aos prantos
Onde a esperança esmiuçou
E para evitar espantos
Fecho a janela e me vou
Nenhum comentário:
Postar um comentário