14 novembro, 2016

Tempestade

Chuva que cai enquanto a alma sobe
Vida se vai de um corpo que sofre
Do desgaste do abandono e do porre
De uma vida que todo dia se morre
A realidade é como sangue que escorre
Dos olhos de um senhor de olhar nobre
Que é pisado por ter o bolso pobre
Mas morto e jogado ele descobre
Que a calçada não é mais seu alfobre
Enquanto sua esperança morta escorre
Pelas ruas da cidade onde tudo ocorre.

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